Fiat provoca Volkswagen em comemoração da liderança do Palio



Acompanhando a euforia que os fanáticos fãs da Fiat e própria montadora criou pelo fato do Fiat Palio ter conquistado a liderança em vendas, me lembrei de outras disputas, guerrinhas e não-sei-mais-o-que... O fanatismo entre Petistas e PSDBistas, os fãs da Microsoft, Apple, religiosos e tudo mais... A diferença aqui é que a troca de liderança pouco muda no nosso cenário.

A provocação é válida, mas há motivos para comemorar? No comercial da Fiat, o locutor diz que a liderança do Palio significa a evolução de cada brasileiro. Que o brasileiro agora é exigente, quer carros completos e por preço justo. Mas ele esquece o fato de que o Palio só alcançou o posto de carro mais vendido do Brasil graças as vendas dos modelos de entrada, os famosos “pelados”.

A evolução também não está no “querer ter um carro completo”. O brasileiro sempre quis ter carro completo, todo mundo quer. Mas assim como no passado, hoje ter um carro, popular (Palio Way 1.0), completo, pode custar até 40 mil reais. Quem, em sã consciência, gastaria quarenta mil reais em um Palio? Quem tem R$40.000 para gastar num Palio?

Obviamente os modelos mais vendidos continuam sendo os “peladões”.

Por tanto, queridos amigos, a troca na liderança não é motivo de comemoração, já que foi uma troca de 6 por meia dúzia. Palio, Gol, Uno... Não são carros inovadores e não representam evolução alguma. Tivesse o Bravo, Punto ou até mesmo o Linea alcançado esta marca, aí sim poderíamos comemorar uma “evolução”.

Para nós, brasileiros, é mais do mesmo. Já, para a Fiat, foi sim um golaço.

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